02 fevereiro 2014

Filme X Livro - A menina que roubava livros



O TEXTO ABAIXO CONTÉM SPOILERS DO FILME E DO LIVRO “A menina que roubava livros”, POIS É UM COMPARATIVO DOS DOIS. E O OBJETIVO DELE É RESSALTAR AS DIFERENÇAS EXISTENTES ENTRE AMBOS.


"A menina que roubava livros" acaba de chegar aos cinemas, mas nós do Literárias viemos em primeira mão contar todos os prós e contras dessa magnífica adaptação! 


   O ano de  2014 já chegou nos surpreendendo positivamente, sem muito estardalhaço "A menina que rouba livros" chega aos cinemas apaixonando seus fãs e conquistando outros. No mundo dos livros é difícil encontrar uma pessoa que não conheça esse título, e agora torcemos para conquistar também o mundo cinematográfico, e com a qualidade da produção, essa certamente não será uma tarefa difícil.

   Depois de comprar cinco dos últimos sete ingressos a venda para a sessão e assistir o filme da escada, apenas palavras positivas podem descrever meu sentimento com este filme. Bem fiel ao livro, o filme nos encanta e emociona! Confesso ter ficado bem surpresa com a lotação da sala de cinema e com a adaptação.
   Mas como toda adaptação, cenas são cortadas e/ou reduzidas. Algumas cenas em especial me decepcionaram um pouco, pois detalhes poderiam serem acrescidos sem aumentar drasticamente o tempo do filme. 
    Logo no início vemos alguns cortes, no livro existem várias cenas da Liesel com sua mãe levando as roupas para os clientes, mas no filme a Rosa em nenhum momento leva roupa para os clientes e a Liesel só vai à casa do prefeito. Como no livro há várias cenas, no decorrer delas a mulher do prefeito nota o interesse de Liesel nos livros, enquanto no filme ela já na primeira vez lhe apresenta à biblioteca, depois de ver ela pegar um livro da fogueira, mas isso certamente não muda o rumo da história e se o filme tivesse todas essas cenas, ele teria ao menos mais meia hora de duração (o que dariam quase 3h de filme).
    Outras cenas que foram cortadas, como se nunca estivesse existido, foram os roubos que a Liesel praticava com o Rudy, em especial o primeiro e mais engraçado deles, o roubo da bicicleta, além dos roubos de comida, o que mostra mais a fundo quanto eles eram pobres, o que também não afeta em nada, embora seria legal ver essas cenas. E essas cenas também foram cortadas por questão de tempo.
   
Porém a cena em que eu mais senti falta foi a que apenas foi reduzida, mas se ela tivesse mais um minuto seria perfeita, essa foto ao lado, mostra ao exato momento do qual estou falando. O momento em que o Max fica muito doente. No filme, a Liesel estava cuidando constantemente do Max, lendo para ele e deu a foto de seu irmão, mas no livro ela além de fazer isso tudo, ela todo dia levava um presente para ele que ela achava na rua. Isso poderia ter sem nenhum problema, ao menos um presente que representasse os demais!!
    Essas foram as principais diferenças que eu lembrei entre as duas obras. Mas tirando a última, todas possuem um motivo plausível para serem cortadas ou reduzidas. Se cortando algumas cenas o filme possui mais de duas horas de duração, sem cortar pularia facilmente para quatro horas.
    Mas as semelhanças apresentadas me deixaram extremamente feliz. A começar pelo cenário. A rua Himmel sendo exatamente como eu planejei, ou melhor, a minha reação (oh my god!!) quando apareceu a sala da casa do prefeito e a biblioteca assim como estava na minha cabeça.
   
 Além dos cenários, os personagens. Não consigo imaginar a Liesel sendo interpretada por outra pessoa desde quando a Sophie Nélisse foi a anunciada para o papel. Ou a Rosa sendo interpretada exatamente como no livro, um furacão que a princípio você fica com medo, mas depois nota-se quanto amor ela tem pela família. O Hans atencioso e amoroso com todos, mas nunca deixando sua sanidade/loucura vivendo para ser ao máximo feliz, além de estar sempre com seu acordeão. O Max e o Rudy com seus jeitos carinhosos e especiais de ser exatamente como no livro. Mas a mulher do prefeito de certa forma me decepcionou um pouco. Não sei por que, mas eu a imaginava um pouco mais jovem e sem cabelos brancos, não sei porque isso até porque não me lembro como ela é descrita, mas por alguma razão a imaginava dessa forma.
   O filme conta com o incrível desfecho que é de emocionar a qualquer um, e assim como no livro, termina com a morte narrando os últimos e emocionantes acontecimentos!

   Confesso ter me emocionado com o livro, e como o filme não foi diferente. Acabei me emocionando nas mesmas cenas, e não só eu, por que escutei algumas pessoas fungando durante a sessão.

   Mas uma coisa que me deixou um pouco estarrecida, foi a morte. Não sei o motivo, mas por alguma razão sempre achei que a morte seria uma mulher, talvez porque o livro nos induza a isso, mas em momento nenhum deixa isso claro. E quando durante o filme a voz de um homem narrava as cenas narradas pela morte, fiquei um pouco surpresa e decepcionada!


Como já diz na capa do livro: Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler. e você não pode perder essa incrível adaptação!!

    
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

  1. (Spoiler) Não concordo quando vejo alguém dizer que "o filme foi fiel ao livro". As omissões, pela própria estrutura da indústria cinematográfica, são compreensíveis, tentaram compactar ao máximo, mas e as mentiras? Estas foram absurdas! Liesel nunca contou a Rudy sobre Max (ela manteve sua palavra ao pai até o fim), Rosa não insinuou que talvez devessem entregar Max em nenhum momento (injustiça completa com a Rosa!), o prefeito foi mostrado quase como um vilão (os motivos de Liesel ter saído da casa não foram revelados, a preocupação do prefeito com seu povo em dificuldade financeira extrema e ele manter a regalia de ter uma lavadeira sequer foi mencionado), Rudy aparecer vivo depois do bombardeio foi forçado demais e desnecessário, o abraço de Liesel e Ilsa, que deveria ser um dos ápices do filme, achei extremamente forçado, até pq deixaram de mostrar os laços que foram sendo construído entre as duas ao longo do filme... Enfim, distorções que me decepcionaram muito. Talvez sendo fã do livro e o tendo lido várias vezes, minhas expectativas eram enormes, mas passar praticamente o filme inteiro dizendo: "não acredito, que mentira!" foi frustrante! :( Parabens pelo blog!

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  2. Eu digo que já sou vacinada contra adaptações ruins, pois vou ao cinema sempre preparada para o pior. Rsrs.... Por isso tenha achado o filme muito bom, e além disso eu li o livro a bastante tempo e essa riqueza de detalhes que você apresentou, não está viva na minha memória. Mas em um contexto geral, eu realmente achei uma boa adaptação! E os principais pontos que eu discordei e as principais diferenças que eu lembrava eu citei... Certamente não citei todas que lembrei, mas citei algumas. Até porque perfeito nunca é!

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